A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar a visita às obras do
sistema adutor Pajeú, em Serra Talhada, na manhã desta segunda-feira,
para apresentar medidas emergenciais de enfrentamento da seca no
Nordeste, apontada com a maior dos últimos 50 anos. Nas reuniões das
últimas semanas no Palácio do Planalto, inclusive com a participação da
presidente, ministros e políticos da região relataram a dificuldade de
distribuição do estoque de milho comprado pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) para a alimentação do rebanho nordestino, além da
carência de água. Uma das possibilidades é levar o milho em aviões da
Força Aérea Brasileira para a região. Outra é perfurar poços de grande
profundidade para abastecer os carros-pipas.
A avaliação feita pelo Planalto e parlamentares nordestinos é que a
longa estiagem, com rebanhos de gado morrendo de sede e de fome,
compromete o crescimento econômico da região, que vem registrando
índices maiores do que o resto do país. A equipe da presidente teme que o
prejuízo econômico afete também sua popularidade, por isso ela tem tido
agenda tão constante em estados nordestinos. Na visita a Pernambuco,
Dilma estará ao lado do governador Eduardo Campos, seu eventual
adversário nas eleições presidenciais de 2014.
O governo também deverá anunciar medidas em relação à divida dos
produtores rurais. Já foi anunciado o adiamento do vencimento da
primeira parcela dos empréstimos para junho, mas a própria presidente,
em entrevista para rádios de Alagoas, há 15 dias, admitiu a
possibilidade de perdão da dívida dos agropecuaristas atingidos pela
seca.
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