A decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir um novo julgamento
para parte dos condenados no processo do mensalão – a partir do
acolhimento dos embargos infringentes –, pode beneficiar réus de 306
ações penais que se arrastam na Corte, sem previsão de conclusão.
Enquanto advogados de defesa se empolgam com a possibilidade de lançar
mão de mais um recurso,ministros e ex-integrantes do STF revelam
apreensão com o “efeito dominó” da decisão.
“Em outros casos, o efeito que se terá é esse mesmo, o efeito
dominó”, afirma o ministro Marco Aurélio Mello,que votou contra os
infringentes para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e outros 11
condenados.
“Persistindo a atual composição (do STF), a maioria de seis
(ministros) vai confirmar o entendimento segundo o qual cabem os
infringentes toda vez que o acusado tiver quatro votos a favor. E depois
reclamam que a Justiça é morosa, não é?”
Entre os réus que poderão ser beneficiados com a possibilidade de
ingressar com esse tipo de recurso estão políticos como os deputados
Paulo Maluf (PP-SP) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e os senadores Fernando
Collor de Mello (PTB-AL) e Jader Barbalho(PMDB-PA),que respondem ações
por crimes.
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