segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sete deputados do Rio Grande do Norte devem mudar de partido para as eleições 2014

Pelo menos sete deputados estaduais do Rio Grande do Norte devem trocar de partido até o dia 5 de outubro próximo, data limite para filiação ou opção partidária de quem deseja disputar as eleições de 2014. E todos sem correr o risco da infidelidade partidária, já que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) está autorizando a desfiliação por “justa causa”, ou os partidos de origem não estão apelando para ficar com os mandatos.

A lista do troca-troca é encabeçada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta. Ele deixará o PMN para se filiar ao PP, que é presidido no RN pelo seu filho, vereador natalense Rafael Motta. O PMN deve perder também Raimundo Fernandes, que seguirá o caminho de Ricardo Motta.

Outros três deputados devem se filiar ao PP: Vivaldo Costa (PR), Gilson Moura (PV) e Kelps Lima, que já deixou o PR autorizado pela Justiça Eleitoral.

Se confirmado, o PP passará a ter a maior bancada na Assembleia Legislativa, com cinco deputados, com isso, se tornará forte para lastrear o projeto de Ricardo Motta de eleger o filho, Rafael, deputado federal, além, claro, de renovar o próprio mandato.

Rafael Motta está em campanha desde o início do ano, quando assumiu o mandato de vereador em Natal. Ele tem caminhado por todas as regiões do Estado, sempre acompanhado de deputados estaduais.

Nos corredores da Assembleia Legislativa comenta-se que a força da presidência da Casa está a serviço do fortalecimento do PP, como parte do projeto de Ricardo Motta. Na verdade, o episódio se repete. No passado recente, quando era presidente da AL, o atual vice-governador Robinson Faria fez do PMN o maior partido da Casa, e conseguiu eleger o filho Fábio Faria deputado federal. Hoje, pai e filho estão no PSD.

Os outros dois deputados que vão mudar de partido são: Fábio Dantas, que já saiu do PHS e deve se filiar ao PC do B; e Ezequiel  Bezerra, que provavelmente trocará o PTB pelo PMDB.

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