No encontro estadual do PR, o deputado federal João Maia falou
por quase 20 minutos, mas evitou falar em candidatura, embora tenha
enaltecido o seu próprio preparo e as obras que trouxe para alguns
municípios potiguares.
No início do discurso, João Maia demonstrou preocupação em mostrar
que o partido não tinha “dono”. “Um partido tem que ser democrático.
Porque no Brasil partido tem fama de quem tem dono e isso não é muito
diferente da verdade. Mas esse aqui não tem”, afirmou.
João Maia disse que não era proprietário da legenda, mas enalteceu a
liderança. “Não somos uma organização militar que um diz e todos seguem.
Nunca quis ser dono do Partido da República, mas tenho muito orgulho de
ser seu líder”, comentou.
Já em tom de 2014, o deputado federal defendeu que seja construído um
projeto para o Estado. “O que nós precisamos discutir é um projeto para
o Rio Grande do Norte”, comentou.
Em uma clara resposta a defesa do seu nome para disputar o Executivo,
fato que havia ocorrido minutos antes, João Maia disse que “sabe
respeitar a fila”, embora tenha se considerado um dos mais preparados
dos candidatos que estão postos para disputar o Executivo. “Eu quero ter
um projeto para o Rio Grande do Norte. Sou de grupo. Aprendi desde cedo
a respeitar fila. Não é que eu não me sinto preparado para governar o
Rio Grande do Norte. Talvez eu seja o mais preparado. Antes de vir eu
estudei cada milímetro do Rio Grande do Norte, sei de cada vocação que o
Estado tem”, comentou.
O líder do PR disse que é preciso ter proposta, antes de definir um
nome para ser candidato ao Executivo. “Não dá para ir mais com um nome
que não apresente propostas”, ressaltou, chamando atenção que precisa
ser estabelecida uma meta para o Estado.
Sem poupar críticas aos próprios políticos, João Maia disse:
“Político é igual a remédio, tem prazo de validade. De quatro em quatro
anos você muda”.
E ao lembrar do trabalho feito pelo Estado foi enfático: “Se eu não
fosse político jamais a estrada do Sal teria saído, jamais o contorno de
Caicó teria saído”.
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