O ministério que a presidente Dilma Rousseff começa a definir em
janeiro e que terá contornos finais após o carnaval, em março, será
moldado nas necessidades eleitorais da candidata do PT à reeleição para o
Planalto. E terá prazo de validade: nas conversas que a presidente tem
tido com os partidos, eles sabem que os nomes escolhidos poderão ser
trocados em 2015, dependendo do resultado das urnas e dos personagens
que forem importantes na corrida eleitoral. “Conforme o desempenho dos
aliados e o peso dos partidos na composição do novo Congresso, poderemos
ter um novo desenho ministerial no início do segundo mandato”, admitiu
um aliado direto da presidente.
Dilma queria ter começado as definições dos nomes em dezembro e
estender as substituições para, no máximo, janeiro. A escolha do novo
cronograma tem a participação direta de dois personagens: o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, pré-candidato do PT
ao governo de Minas Gerais. O prazo máximo para a desincompatibilização é
o fim de março, seis meses antes das eleições.
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