Na tradição católica é costume o altar ser descomposto, pois, tal
como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas
celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da
eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da
confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A
distribuição a comunhão eucarística só é permitida sob a forma de
viático, isto é, em caso de morte.
A Liturgia da Vigília Pascal, riquíssima, divide-se em quatro partes:
1 – A Liturgia da Luz: durante a qual se acende o Círio Pascal e a Benção do Fogo, que simbolizam o Cristo morto e ressuscitado;
2 – Liturgia da Palavra: com cinco leituras de trechos do Antigo
Testamento, intercalados de salmos e orações, através dos quais a Igreja
medita sobre os atos poderosos de Deus na história da salvação da
humanidade;
3 – Liturgia Batismal: recorda-se que, desde os primeiros séculos da
Igreja, o Batismo esteve sempre intimamente ligado à Páscoa. Os
catecúmenos recebem sacramentalmente as graças da Morte e da
Ressurreição de Cristo, quando toda a Igreja celebra o memorial desses
actos redentores. E é naturalmente a melhor das ocasiões para toda a
congregação cristã renovar os seus próprios votos batismais;
4 – Liturgia Eucarística: somos sacramentalmente reunidos a Cristo
vivo e ressuscitado, fazendo nossa a Páscoa do Senhor. É o climax
natural da Liturgia Pascal. Salvo por fortes razões, não deve ser
omitida e terá lugar sempre depois da meia-noite.
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