A gestão Rosalba Ciarlini (DEM) já não garante que vai conseguir
entregar o Governo do Estado com o funcionalismo em dia desde que o
Tribunal de Justiça negou a utilização dos recursos do Fundo
Previdenciário para isso. E pagar os servidores não deverá ser o único
compromisso que ficará a cargo do futuro governador, Robinson Faria
(PSD), para resolver. Na saúde pública, por exemplo, o Executivo tem
quase R$ 95 milhões só em restos a pagar. Os números estão disponíveis
do portal da transparência, que aponta cerca de R$ 250 milhões em restos
a pagar só do atual ano. A maior dívida é, justamente, na saúde, onde a
gestão da médica Rosalba Ciarlini deve R$ 94,6 milhões. A Secretaria de
Estado de Educação e da Cultura (SEEC) é a segunda maior devedora, com
um resto a pagar de R$ 15,7 milhões; seguida por Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (R$ 13,2 milhões) e Polícia
Militar (R$ 13 milhões).
Os restos a pagar, segundo o Portal da Transparência do Governo do
Estado, são dívidas empenhadas, mas não pagas. Ou seja: são serviços já
executados, já registrados, mas não quitados pelo Executivo. E do total
de R$ 918 milhões já empenhados na pasta, R$ 824 milhões foram pagos e
R$ 94 milhões ainda são devidos. A Cirurgia Bezerra Distribuidora LTDA
ocupa o primeiro lugar da lista de credores da Sesap, com R$ 4,5 milhões
em restos a pagar. Terceirizadas como a Safe Locação de Mão de Obras e
Serviços, a JMT Serviços e Locação de Mão de Obra e a Garra Vigilância
também tem posição de destaque na relação de credores, com dívidas que
ultrapassam a casa dos R$ 2 milhões (cada uma).
Jornal de Hoje
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