A bancada federal do PMDB, reunida na Câmara dos Deputados, sob a  liderança do deputado Henrique Eduardo Alves (RN), discutiu nesta  terça-feira (5), em Brasília, as mudanças climáticas e a inesperada seca  que atinge o semi-árido nordestino, preocupação crescente dos deputados  da região.
Segundo o especialista, apesar da ocorrência do fenômeno La Niña,  que normalmente colabora para invernos chuvosos no Nordeste, o oceano  pacífico enfrenta uma fase de esfriamento global de longo prazo. Este  ciclo se alterna com períodos de longos aquecimentos e se repete a cada  50, ou até, 60 anos. O último ciclo teria sido de aquecimento longo com  picos do fenômeno El Niño (inverso ao La Niña) que colaborou para longas  estiagens. 
Ainda de acordo com o cientista é provável que nos próximos 20 anos  tenhamos outros períodos de seca mais prolongados, a cada sete anos,  quando ocorrerão as intercalações entre o El Niño e o fenômeno chamado  La Niña. No momento, o Pacífico que representa 35% da superfície do  planeta e influencia o clima em toda a terra, estaria esfriando. “A  temperatura menor reduz a evaporação e, com baixa pressão atmosférica,  contamos com pouca chuva”, explicou o professor para justificar a seca  mesmo durante a ocorrência do La Niña.
Já os efeitos das catástrofes naturais estariam relacionados ao  excesso de população em áreas ocupadas irregularmente. Segundo o  cientista, a presença humana não seria capaz de interferir nas mudanças  climáticas. Isso não significa que a preservação do meio ambiente não  seja importante para a sobrevivência do homem que também sofre ameaça de  extinção, assim como outras espécies, alertou o pesquisador.

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