Na primeira eleição da era da Ficha Limpa e da Lei de Acesso à
Informação, faltou transparência nas doações de campanha nas disputas
municipais. Dos R$ 75,5 milhões arrecadados pelos nove prefeitos de
capital eleitos em primeiro turno, R$ 57 milhões (75%) tiveram origem
oculta. Esse montante foi atribuído pelos candidatos eleitos a repasses
dos comitês financeiros e aos diretórios de seus partidos políticos.
Apesar de os comitês e os diretórios também serem obrigados a
informar de quem receberam, não é possível precisar o destino final da
doação, já que os recursos são pulverizados entre diversos candidatos.
Na prática, as prestações de contas apresentadas pelo conjunto desses
nove prefeitos eleitos só permitem identificar os doadores de 25% de
todo o dinheiro repassado aos candidatos.
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