A enxurrada de recursos apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral
para contestar o resultado das disputas municipais e o atraso no
julgamento dos processos farão com que alguns dos políticos escolhidos
pelo povo percam o cargo logo depois de tomarem posse. Para
especialistas em direito eleitoral, a sobrecarga de trabalho no TSE
depois da conclusão do pleito escancarou a necessidade de revisão das
normas que regem as eleições no Brasil.
Diante do impasse, ganha força a proposta de mudar o calendário
eleitoral do país para antecipar as convenções partidárias e o registro
dos candidatos. Este ano, o Tribunal Superior Eleitoral recebeu 7.944
recursos, mas, até agora, só julgou 5.129 processos. Os ministros da
Corte ainda terão que avaliar 2.185 casos — ou 27% do total — para que
as eleições de 2012 finalmente tenham um desfecho.
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