Blog do Kennedy
A eleição de Marcelo Crivella para prefeito do Rio de Janeiro é uma
vitória do projeto de poder da Igreja Universal do Reino de Deus. A
Igreja Universal foi a maior força criadora do PRB, o partido de
Crivella, e nunca escondeu que desejava ocupar espaços na política.
No Congresso, já existe uma influente e significativa bancada
evangélica. A eleição no Rio é a mais relevante conquista do PRB em seus
13 anos de existência. Será o posto executivo mais poderoso já ocupado
por um bispo da Universal e senador do PRB.
É um exemplo de que vem no crescendo no Brasil a mistura da religião
com a política. No segundo turno, Crivella recorreu a discurso com forte
pregação religiosa e priorizou temas morais a fim de derrotar o PSOL de
Marcelo Freixo.
Após a vitória, Crivella fez um discurso contemporizador, dizendo que
não cairia “na praga maldita da vingança”. Falou em “olhar pra frente”.
Agradeceu o apoio de setores da Igreja Católica, de outras religiões e
até de ateus.
No Rio, os votos nulos e brancos mais a abstenção atingiram um número
superior aos dos votos em Crivella. Acabou fracassando a campanha do
PSOL contra o voto nulo e as abstenções.
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