Ciro Marques
Repórter de Política
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou na manhã desta
terça-feira a admissibilidade do pedido de impeachment feito pelo
Movimento de Combate à Corrupção (MARCCO) contra a governadora Rosalba
Ciarlini (DEM). E, apesar dos pedidos de alguns parlamentares para que o
assunto não virasse um debate meramente eleitoral, alguns deputados não
se controlaram e discutiram o tema sobre a ótica das eleições 2014.
Afinal, o pré-candidato ao Governo do Estado, Robinson Faria, do PSD, é
vice-governador e assumiria o cargo se Rosalba fosse afastada.
“Querem entregar o Governo para Robinson Faria, que será candidato a
eleição e vai terminar de torrar o Estado”, afirmou Nélter Queiroz, do
PMDB, que vai lançar Henrique Eduardo Alves, justamente, para concorrer
com o vice-governador. “Por trás (dos defensores do impeachment de
Rosalba) tem sim o interesse que Robinson assuma o Governo do Estado”,
acrescentou o peemedebista.
A declaração de Nélter não ficou sem resposta, contudo, a afirmativa
não foi, necessariamente, negada. Isso porque o deputado José Dias,
também do PSD, afirmou que, diante do desastre administrativo do Governo
Rosalba Ciarlini, não há nada demais em Robinson assumir a chefia do
Executivo. “Dê essa oportunidade a ele para saber se ele tem condição de
ser governador”, respondeu Dias.
O curioso desse cunho eleitoral que o debate sobre o impeachment de
Rosalba Ciarlini ganhou é porque a discussão foi “por esse lado”,
exatamente, após os deputados Fernando Mineiro (PT) e Kelps Lima (SDD)
ressaltarem a importância de manter o tema, estritamente, no aspecto
jurídico e administrativo. “Não devemos colocar esse caso no processo
eleitoral. Temos que discutir e debater quais os parâmetros de postura
que o governador deve ter para ser afastado do cargo, porque isso
passará a valer no futuro. A personificação desse tema é perigosa
demais”, ponderou Kelps Lima.
Fonte: Jornal de Hoje
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